A Firjan SENAI SESI vem contribuindo para a inclusão de mulheres na indústria, por meio de arcerias e projetos com as empresas.
De acordo com o relatório Why Diversity Matters, publicado pela McKinsey & Company em 2015, as empresas que investem em diversidade de gênero têm 15% mais chances de ter resultados acima da média. Ou seja, o investimento em diversidade e inclusão contribui para resultados financeiros superiores para as empresas que atuam no tema.
Traycianne da Costa Carvalho Silva (foto ao lado), 34 anos, que participou em 2019 do Programa Capacitar, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), desenvolvido em parceria com a Firjan SENAI, trabalha hoje na aciaria, unidade onde o ferro-gusa é convertido em aço. Pela primeira vez na indústria, ela conta que essa oportunidade é a realização de um sonho. O irmão, um tio e um primo são funcionários da CSN, e se juntar a eles na usina, em Volta Redonda, no Sul Fluminense, era um desejo de longa data. “O programa abriu portas para mim e para muitas mulheres que precisam sustentar seus filhos e acabam tendo dificuldades de encontrar um bom trabalho. Por isso, acho fundamental essa oportunidade que nos deram. Nunca achei que fosse conseguir, mas a minha vez chegou”, comenta.
O programa, criado em 2018, é voltado para mulheres, com o objetivo de aumentar a diversidade de gênero dentro da siderúrgica. Com a iniciativa, o número de pessoas do sexo feminino na área de produção da CSN saltou de 7,5% para 10,2%. A meta para 2020 é chegar a 15%. Quem sonha em fazer parte desse aumento percentual é Eliane Dias de Souza (foto abaixo), de 28 anos, que, após seis anos dedicados apenas à família, enxergou no programa uma chance de voltar ao mercado. “Cadastrei meu currículo e busquei uma oportunidade diferente. Passar pelo processo de seleção e atuar na siderurgia foram conquistas muito importantes em minha vida”, diz Eliane.
Para receber mais mulheres na empresa, diversas ações foram tomadas, como reformas e adaptações de vestiários; melhorias na iluminação; adaptação do modelo do uniforme; capacitação comportamental voltada para o desenvolvimento humano e para o empoderamento feminino; e conscientização das lideranças da companhia, também realizada pela Firjan SESI.
Segundo Pedro Gutemberg, diretor executivo de Produção da CSN, a iniciativa é um esforço da empresa em mudar a cultura essencialmente masculina. “Mostramos aos trabalhadores homens o quanto são valiosas as contribuições das mulheres e os incentivamos a respeitá-las e, mais do que isso, a acolhê-las. Esse é o nosso maior desafio para os próximos anos”, pontua.